Oswald Mosley, o pior britânico do último milênio

Oswald Mosley, líder fascista britânico
Retrato de Oswald Mosley, líder e fundador da
União Britânica de Fascistas. Foto: Wikimedia Commons
Historiadores britânicos escolheram o pior de cada século do último milênio, para formar a lista da BBC History Magazine. Jack - o Estripador -, o Rei João e Oswald Mosley - fundador da União Britânica de Fascistas - estão entre os dez integrantes da lista.

A causa da inclusão de Oswald Mosley na lista dá-se principalmente, segundo o professor Joanna Bourke, ao impacto pernicioso na sociedade britânica como uma inspiração para os grupos de extrema-direita no Reino Unido.

O pior britânico do último milênio nasceu em 16 de novembro de 1896. Educado em Winchester e Sandhurst, lutou na frente ocidental durante a Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, Mosley fora transferido para o Royal Flying Corps, mas ficou fora da guerra depois de um acidente de avião em 1916.

Mosley tornou-se o MP mais jovem da House of Commons (equivalente a Câmara dos Deputados), após vencer Harrow pelo Partido Conservador nas eleições de 1918. Nas eleições seguintes, em 1922, Mosley, pelo Partido do Trabalho, ganhara novamente de Harrow.

Em 1931, insatisfeito com o Partido do Trabalho, fundou o Partido Novo. A lista de membros partidários incluía John Strachey, Cyril Joad, William Joice, Mary Richardson, John Becket e Harold Nicholson. Mas em janeiro de 1932, Oswald Mosley conhecera Benito Mussolini na Itália, e Mosley ficara impressionado com as conquistas do líder italiano, extinguindo o Partido Novo criando a União Britânica de Facistas.

A União Britânica de Fascistas foi fortemente anticomunista e defendeu um programa de recuperação econômica com base em gastos do governo e protecionismo. Em 1934, Mosley expressava fortes opiniões anti-semitas e fazia marchas provocativas pelos bairros judeus em Londres causando tumultos. A aprovação da Lei de Ordem Pública em 1936 deu ao Ministro da Administração Interna o poder de proibir marchas, prejudicando completamente as atividades dos Blackshirts (como era conhecido a União Britânica de Fascistas). Apesar da represália do parlamento britânico, Oswald Mosley continou atraindo membros de outros grupos de direita como British Fascisti, National Fascists e a Liga Imperial de Fascistas, chegando a contar com mais de quarenta mil membros na União Britânica de Fascistas, em 1934. O grupo liderado por Oswald Mosley também ganhara apoio de Harold Harmsworth e do famoso tabloide inglês Daily Mail.

No dia 7 de junho de 1934, a União Britânica de Fascistas realizou um grande comício. Na ocasião, cerca de quinhentos antifascistas, incluindo Margaret Storm Jameson, Vera Brittain, Richard Sheppard e Aldous Huxley, conseguiram entrar no salão. Quando começaram a falar mal de Oswald Mosley, foram atacados por cerca de mil comissários de camisa preta. Vários manifestantes foram brutalmente espancados pelos fascistas. Jameson argumentou no The Daily Telegraph a covardia e brutalidade dos Blackshirts. Após o episódio, Harold Harmsworth e o tabloide Daily Mail retiraram seu apoio por conta da revolta do público ante o ocorrido.

Com o surgimento da Segunda Guerra Mundial, os Blackshirts perderam apoio de fortes aliados fascistas. Em 23 de maio de 1940, Mosley fora preso a mando do Ministro da Casa. Nos dias seguintes, outros lideres foram presos, ruindo a União Britânica de Fascistas. Apesar da prisão, Mosley e sua esposa tiveram privilégios concedidos por Winston Churchill, primeiro-ministro durante a Segunda Guerra, podendo viver em uma casa na Holloway Prison com a permissão de utilizar "companheiros de sela" como servos.

Em 1943, Hebert Morrison decidiu liberar Mosley da prisão. Houve protestos em larga escala, onde até a irmã da esposa de Oswald Mosley repudiou e descreveu a decisão como:
"Um tapa na cara de antifascistas em todos os países e uma traição direta daqueles que morreram pela causa do antifascismo." - Jessica Mitford; irmã de Diana, esposa de Mosley.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Oswald Mosley tentara entrar na House of Commons por mais duas vezes, mas sem sucesso. Mosley faleceu em 3 de dezembro de 1980.
"Com o falecimento, em 1980, seu filho Nicholas concluiu que seu pai era um homem cuja 'mão direita tratava de glórias e ideias grandiosas, enquanto a mão esquerda deixava o rato fora do esgoto' ". - Joanna Bourke, professor do Birkbeck College de Londres.


7 comentários:

  1. Me entristece a decadência das fontes históricas Brasileiras, blogs como esse que deveriam INFORMAR tendem a ir pra um lado da política e obviamente tentar enfraquecer o outro. Nesse caso foi o "lado esquerdo dá força" De onde vc tirou que Sir Oswald Mosley era "inspiração pra extrema-direita? Pesquise por frases ditas pelo próprio, como essa aqui "I am not, and never have been, a man of the right. My position was on the left and is now in the centre of politics." Sabe quem foi o autor dessa frase? O próprio Oswald Mosley. Então por favor pesquise e dê informações corretas.

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    1. Parabéns! Ainda bem que tem gente preparada pra desmentir a canalhice comunista. Bando de parasitas infernais!

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  2. é triste que a união fascista britânico deixou de existir por conta da guerra mas seu filho deveria levar o legado de seu pai Oswald Mosley.

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  3. Que site desinformativo, Mosley foi um grande homem, lutou contra o imperialismo do próprio pais, tentou agir um defesa das raças não brancas denunciando a exploração britânica, pra acabar sendo tratado como um monstro na mídia, como vocês são nojentos. Ainda citam a briga em seu discurso mas não falam sobre os ocorridos em que ps antifascistas espancaram Mosley e outros integrantes do partido, como ocorrido em Liverpool... Vsão um site de desinformação.

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