Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião

Virgulino Ferreira da Silva e o seu bando de cangaceiros
Retrato do bando comandado por Lampião.
Wikimedia Commons
28 de julho de 2013, a data em que completa 75 anos da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Líder do Cangaço, um movimento social no nordeste brasileiro, Lampião foi um dos bandidos mais temidos e procurados da história do País. Comandando vários jagunços, dominou a região por mais de duas décadas opondo-se aos governantes e repreendendo os mais ricos do Sertão.

O Cangaço teve início por volta de 1870 com Jesuíno Brilhante, primeiro a liderar um bando de cangaceiros. O movimento tinha como objetivo vingança e justiça pela falta de emprego e alimento - problemas que assolavam o Nordeste. Virgulino Ferreira da Silva aparecera após participar do grupo de volantes (policiais, na época), sendo coronel da guarda nacional. Após abandonar a guarda, Lampião juntara-se ao bando de cangaceiros liderado por Sebastião Pereira, o Sinhô Pereira. Mais tarde, por volta de 1920, Virgulino formara o seu próprio bando.

Lampião, para uma parte da população nordestina, era considerado um herói, por sua coragem, honra e bravura. No entanto, para os coronéis e governantes da região, era um homem perigoso e violento que precisava ser retirado da sociedade. Ora vilão, ora herói, "O rei do Cangaço", como ficara conhecido, foi um dos homens mais temidos e procurados da história do Brasil. Vagando por setes estados com seu bando, atacou pequenas fazendas e vilarejos, roubando ouro, gado, sequestrando, estuprando.

O grupo de cangaceiros, visualmente, tinha como características roupas de couro, adereços coloridos, chapéus (do mesmo utilizado por Gonzaga). Para saquear as fazendas, os jagunços armavam tocaias, esperando o momento adequado para atacar, a fim de roubar joias, animais e apropriar-se de terras, causando verdadeiro terror pelos vilarejos. Enquanto isso a força volante, como era conhecida a tropa de policias na época, tentava dominar, a qualquer custo, o sertão. Mas para isso era necessário deter Virgulino Ferreira da Silva e seus homens, que com bravura detinham as tropas. Certa vez, o Governo da Bahia ofereceu 50 contos de réis, quantia equivalente à 200 mil reais (convertido em 2006), para quem capturasse Lampião vivo ou morto.

Em 1938, pego em uma emboscada da polícia, Lampião acabara morto após um tiroteio que durou, segundo historiadores, aproximadamente 20 minutos. Após sua morte, o braço direito do Rei do Cangaço, Corisco, continuou com o movimento. Mas, em 1940, Corisco acabara morto, também, pelos volantes, encerrando a luta contra a dominação dos governantes e coronéis da região.



Ao longo da história, Lampião tornou-se um personagem folclórico, alvo de muitos livros e filmes. O filme "Meu nome é Lampião", lançado em 1969, trata Lampião (Milton Ribeiro) como uma lenda, onde em um de seus ataques acaba queimando viva a noiva de Antônio (Milton Rodrigues), que promete buscá-lo até no inferno.


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